quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Canção do homem

Quando uma mulher, de certa tribo da África, sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que lhes surja a “canção da criança”.
Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam a sua canção.
Logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe canta sua canção.
Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.
Quando chega o momento do seu casamento, a pessoa escuta a sua canção.
Finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, assim como em seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-lo na "viagem".
Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os homens cantam a canção.
Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, o levam até o centro do povoado, e então lhe cantam a sua canção.
A tribo reconhece que a correção para as condutas anti-sociais não é o castigo; é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.
Quando reconhecemos nossa própria canção, já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém.
Teus amigos conhecem a "tua canção", e a cantam quando a esqueces.
Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes ou as escuras imagens que mostras aos demais.
Eles recordam tua beleza quando te sentes feio; tua totalidade quando estás quebrado; e teu propósito quando estás confuso.

Nota: parece haver alguma confusão sobre a autoria deste texto - tanto Alan Cohen (autor estadounidense de Chicken  Soup for the Soul) como a poetiza africana Tolba Phanem são apontados na Internet como seus autores - Alan tem o artigo indicado em seu site oficial, sob o título "They are singing your song", o que me leva a acreditar que seja ele o autor - por isso o mantive no blog em inglês como o sendo - caso saiba dessa informação com precisão, agradecerei que me avise.  

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